Por determinação judicial, dois aviões da Avianca Brasil foram apreendidos na noite desta quarta (5/12) no aeroporto de Brasília. Oficiais de Justiça cumpriram decisão da 31ª Vara Cível de São Paulo em favor de uma das credoras da empresa aérea, a Boc Aviation Limited.

A decisão do juiz Cesar Augusto Vieira Macedo foi publicada no dia 26 de novembro de 2018. A subsidiária da empresa irlandesa ganhou em primeira instância o direito de reaver dois Airbus A320-351N. O valor da causa é de R$ 3,5 milhões e a dívida total da empresa brasileira é de cerca de R$ 6 milhões.

“Expeçam-se com urgência cartas precatórias de caráter itinerante para citação da ré e busca e apreensão dos bens descritos na petição inicial, aeronaves Airbus 320-251N, registros PR-OBQ e PR-OBR, bem como seus motores, outros equipamentos, itens e acessórios delas integrantes, e documentação completa”, informa a sentença.

Em outra decisão nesta quarta (5/12) na Justiça de São Paulo, a Constitution Aircraft Leasing, também da Irlanda, conseguiu uma liminar de reintegração de posse de outros 11 aviões alugados pela Avianca por falta de pagamento. Nesse caso, a ordem de expedição de cartas precatórias é da 12ª Vara Cível de São Paulo.

Por meio de nota e procurada pela reportagem da Veja, a Avianca Brasil não menciona a reintegração de posse das aeronaves em Brasília e a decisão em favor da Constitution Aircraft. A companhia área também nega que possa entrar com o pedido de recuperação judicial para evitar a cobrança das dívidas pelos dois credores.

Leia a íntegra do comunicado abaixo:

“A Avianca Brasil explica que negociações fazem parte da rotina de qualquer empresa para otimização de resultados e esclarece que processos como esse são previstos pela companhia. A Avianca Brasil nega qualquer rumor relacionado a um possível pedido de recuperação judicial e reforça que suas operações não foram ou serão impactadas.

Fatores externos como a alta do dólar, o aumento histórico do preço do combustível de aviação e a greve dos caminhoneiros têm desafiado todo o setor em 2018. Nesse contexto, é natural e previsto que todas as empresas busquem otimizar a gestão de seus recursos da melhor forma possível, o que inclui a adequação de frota à demanda de passageiros.”

Fonte: RadarAereo

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